Prestes a completar 5 meses da morte de sargento do Exército em Manaus, mãe aguarda justiça: ‘Não podem ficar impunes’

Morte do sargento Lucas Guimarães é investigada por polícia. — Foto: Arquivo Pessoal

A morte do sargento do Exército Lucas Guimarães completa cinco meses na próxima terça-feira (1). Às vésperas da data, a mãe dele, Livânia Guimarães, disse que o processo está andando e ela aguarda que a justiça seja feita contra os mandantes do assassinato do filho.

Lucas tinha 29 anos e foi morto no dia 1º de setembro em uma cafeteria no Centro de Manaus. A vítima se preparava para fechar o estabelecimento, quando um homem chegou ao local, em uma moto. Ele entrou, atirou contra o proprietário e fugiu no veículo.

Logo depois, a polícia descobriu que o caso se tratava de um crime passional, envolvendo os empresários Joabson Agostinho Gomes e Jordana Azevedo Freire, donos do Supermercado Vitória. Eles foram presos e em novembro a polícia conseguiu identificar e também prendeu o pistoleiro que fez o disparo. O casal de empresários conseguiu um Habeas Corpus e aguarda o julgamento em liberdade. Eles negam envolvimento no crime.

“Estava olhando para a farda do meu filho e é uma dor que é irreparável. Infelizmente dependemos da justiça, da burocracia. Ficamos apreensivo, mas escutamos sempre que precisamos esperar”, disse a mãe.

A gente sabe que as coisas estão andando, são questões processuais, mas queremos justiça. Isso não vai ficar assim. eles não pode ficar impunes”

Para Livânia, cada vez mais fica nítido que o casal é o mandante do crime. No entanto, é preciso esperar que a justiça faça o seu trabalho. “Está cada vez mais claro que eles são os culpados pela morte do meu filho e por todo o prejuízo causado a minha família. Já se tem muitas provas”.

LEIA TAMBÉM:

E a dor da morte do filho é reavivada todos os dias quando o filho de Lucas, de apenas 3 anos, pergunta pelo pai. Segundo Livânia, é impossível que uma criança de três anos tenha noção sobre a morte, mas isso não impede que ela sinta a perda dele.

Pais de Lucas em coletiva de imprensa realizada em Manaus — Foto: Matheus Castro/g1

“Ele sente a perda do pai, fala do pai, já pediu para ligar para o pai não sei quantas vezes, ele sente a ausência”, afirma Livânia.

“É um trauma na vida dele. O que foi feito contra o meu filho não foi contra ele apenas, mas contra a minha família. Foi um ato cruel, perverso. Sempre fico indignada quando penso que o Habeas Corpus foi dado pensando nos filhos do casal e não se pensou no filho do meu filho”

A mãe de Lucas também falou sobre o Habeas Corpus concedido ao casal ainda em novembro de 2021 e sobre a fé na justiça divina para que o seu filho possa descansar em paz.

“O Habeas Corpus tem algumas restrições. Quando a justiça deu, disse que precisavam se apresentar todo mês, não podme sair de Manaus, então é uma liberdade vigiada. E eu posso dizer que apesar de tudo, de Deus ninguém escapa”.

“Me dói na alma saber que essas pessoas se dizem cristãs e que em nome de Deus matam. Isso não vem de Deus. A pessoa que diz que teme a Deus e não respeita o 5º mandamento, que tipo de fé é essa? A postura desse casal fere aqueles que são verdadeiramente cristãos”.

VÍDEOS mais assistidos do Amazonas

Deixe um comentário