VÍDEO: Registros de homicídios crescem mais de 50% entre 2020 e 2021 no AM
Os registros de homicídios tiveram um aumento de mais de 53% entre 2020 e 2021 no Amazonas, segundo dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM). Entre os dias 4 e 5 de maio deste ano, foram registradas 11 mortes violentas.
De acordo com os dados da SSP-AM, em 2020 foram 954 homicídios. Em 2021, esse número subiu para 1.464. O aumento registrado entre os anos é de 53,45%.
No interior, entre 2019 e 2021, os índices subiram mais de 129%. Para especialistas em segurança um dos principais fatores para esse aumento é o crime organizado que atua no estado.
Entre as mortes violentas registradas em 2022, está o caso do gari Aldenir Rodrigues Castilho, de 25 anos, morto enquanto trabalhava no bairro Japiim, Zona Sul de Manaus. Ele era natural de Benjamim Constant e veio para a capital em busca de mais oportunidades.
Vídeo flagrou momento em que assaltante atira em gari
“Que nem uma mãe passe pelo que estou passando. Isso que peço todos os dias. Que essa violência acabasse, porque é doída. É tão triste uma mãe olhar e não ver aquele filho nunca mais”, disse a mãe de Aldeir, Maria Castilho.
De acordo com a SSP-AM, desde abril, época onde foi registrado um aumento das mortes, foi montada uma força tarefa.
“Tivemos muitas mortes em decorrência de brigas de trânsito, em situação de brigas em bares, festas. Mas, atualmente, nós podemos observar que o cenário mudou. Principalmente quando o tráfico de drogas acabou ganhando uma força maior dentro da sociedade”, disse a especialista em segurança pública, Goreth Rubim.
Desde o início dessas ações, até o dia 10 de maio, 290 pessoas foram presas, 100 armas de fogo e mais de 357 quilos de entorpecentes foram apreendidos. Mas o combate ao crime organizado vai além de reforço na segurança pública, é um trabalho que envolve toda a sociedade.
“Nós precisamos de políticas públicas que, ao invés de somente aumentar pena, seja tratada a base. A educação, organização da estrutura familiar, garantia de empregos. Se fala muito mais no combate à criminalidade com criação de presídios e isso, por si só, não vai combater a criminalidade e hoje em dia a polícia acaba tendo que enxugar gelo”, finalizou Rubim.