Em 2021, produção de motocicletas no Polo Industrial de Manaus supera nível pré-pandemia

Linha de produção de motocicletas no Polo Industrial de Manaus (PIM). Funcionários da Moto Honda. — Foto: Foto: Josney Benevuto/Rede Amazônica

A produção de motocicletas nas fábricas do Polo Industrial de Manaus (PIM) fechou 2021 com um crescimento de 12,6%, em relação ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), divulgados nesta quinta-feira (20).

Em 2021, 1.195.100 unidades foram produzidas, superando os índices de 2020, que foi de 962 mil. O desempenho do último ano ultrapassou, ainda, a produção do período pré-pandemia no Amazonas, em 2019, quando foram fabricadas 1.107.800 motocicletas.

Ao todo, 1.156.074 unidades foram emplacadas. Os veículos de duas rodas de baixa cilindrada, os mais utilizados por motoboys, responderam por 80,7% da produção, com 932.797 unidades emplacadas.

A participação dos modelos de média cilindrada, que possuem entre 161 a 449 cilindradas, foi de 15,5% no total de licenciamentos. As motocicletas com mais de 450 cilindradas representaram 3,8%.

As exportações somaram 53.476 unidades, o que corresponde a um aumento de 58,4% em relação a 2020. A Argentina foi o maior comprador, seguido pela Colômbia e Estados Unidos.

Segundo o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, apesar do resultado positivo, a pandemia segue causando impactos direto e indireto na indústria. “O setor enfrentou grandes desafios, especialmente por conta da dificuldades de abastecimento de matérias-primas, além do aumento de fretes e escassez de logísticas, por conta da crise sanitária mundial”, explicou.

Fermain também destaca que mesmo com o aumento da produção no ano passado, o mercado ainda não conseguiu suprir a alta demanda. “Os veículos de duas rodas se tornaram ainda mais procurados, por ser econômico, principalmente em meio a alta dos combustíveis, e pelo protagonismo da motocicleta em serviços de Delivery. Então a a escassez de insumo causou um desequilíbrio entre a oferta e demanda ao longo do ano”, afirmou.

Impactos da ômicron e perspectivas para 2022

A Abraciclo projeta que a produção de motocicletas deve atingir 1.290.000 unidades em 2022, o que representa um crescimento de 7,9% na comparação com as 1.195.149 motocicletas fabricadas pelo PIM no ano passado.

Apesar disso, o presidente da associação destaca a preocupação com a variante ômicron, principalmente em relação ao recursos humanos, e a uma eventual disparada das matérias-primas outra vez.

“Estamos em alerta quanto a esse terceiro pico da doença, que apesar de ser menos grave, até o momento, volta a trazer preocupação. Neste primeiro mês do ano, já contabilizamos um número de considerável de afastamento de funcionários infectados pela Covid. Inclusive, já esperamos uma queda na produção para Janeiro”, pontou Fermanian.

Em contrapartida, o presidente da Abraciclo aponta que a previsão é de que 2022 seja um ano mais estável do que ano passado.

“A motocicleta continua sendo a opção predileta para os consumidores, e também esperamos por algumas tendências como crescimento da exportação para países da América do Sul e novos investimentos nos parques industriais. Isso, sem deixar de ficar atento às turbulências políticas e ao comportamento da pandemia, que podem impactar negativamente nessa estimativa de crescimento”, concluiu.

Segmento de bicicleta.

A produção de bicicletas nas fábricas do PIM também apresentaram crescimento no acumulado de 2021, com uma alta de 12,6% em relação ao ano anterior.

Segundo a Abraciclo, a previsão é que o setor cresça 17,4% neste ano.

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