BRS Jacundá: nova mandioca promete triplicar produção no Amazonas, diz Embrapa

Resumo

  • 1 de 2 A espécie é adaptada às condições de solo e clima da região e promete produtividade até 300% superior à média estadual, além de resistência a pragas e doenças.
  • Divulgação A espécie é adaptada às condições de solo e clima da região e promete produtividade até 300% superior à média estadual, além de resistência a pragas e doenças.
  • De acordo com o pesquisador, Ferdinando Barreto, da Embrapa, a nova variedade é ideal para áreas de terra firme e pode impulsionar a produção de mandioca em regiões como o Médio Solimões, onde a cultura é essencial para a economia local.
  • 📱Baixe o app do g1 para ver notícias do AM em tempo real e de graça Pesquisas em campo A BRS Jacundá começou a ser desenvolvida em 1997, após a coleta de material genético no município de Uarini.

A espécie é adaptada às condições de solo e clima da região e promete produtividade até 300% superior à média estadual, além de resistência a pragas e doenças. — Foto: Divulgação

Produtores rurais do Amazonas poderão cultivar a BRS Jacundá, nova variedade de mandioca desenvolvida pela Embrapa Amazônia Ocidental a partir desta quinta-feira (9). A espécie é adaptada às condições de solo e clima da região e promete produtividade até 300% superior à média estadual, além de resistência a pragas e doenças.

A BRS Jacundá pode render mais de 130 mil quilos por hectare, enquanto a média atual no Estado gira em torno de 10 mil quilos por hectare.

De acordo com o pesquisador, Ferdinando Barreto, da Embrapa, a nova variedade é ideal para áreas de terra firme e pode impulsionar a produção de mandioca em regiões como o Médio Solimões, onde a cultura é essencial para a economia local.

“Com isso, ela deve contribuir para a segurança alimentar e para o fortalecimento da cadeia produtiva da mandioca no estado do Amazonas”, acredita o pesquisador.

Pesquisas em campo

A BRS Jacundá começou a ser desenvolvida em 1997, após a coleta de material genético no município de Uarini. O germoplasma foi incluído ao Banco Ativo de Germoplasma (BAG) da Embrapa e passou por testes de rendimento, resistência e estabilidade.

Os tetes em campo começaram em 1998 e foram realizados ao longo de vários ciclos de cultivo. A BRS Jacundá também foi submetida a testes de distinguibilidade, homogeneidade e estabilidade (DHE), em ambientes de terra firme em diferentes regiões do Amazonas, utilizando descritores padronizados para o manejo de recursos genéticos da mandioca.

A expectativa é que a BRS Jacundá seja adotada em larga escala em cidades como Tefé, Uarini e Alvarães, onde a mandioca é amplamente cultivada, principalmente na variedade “Catombo”. Com a nova opção, pesquisadores esperam diminuir a perda de diversidade genética e ampliar os tipos de cultivo na região.

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