Industriário pegou a doença, mas mulher e filho não testaram positivo. — Foto: Arquivo Pessoal
A dentista Mayara Pereira, de 34 anos, viveu momentos de pânico após o marido dela, o industriário Bismarck do Vale, de 38, se infectar pela Covid-19 em janeiro deste ano. Para conseguir driblar a doença e cuidar do marido e do filho, de apenas 4 anos, ela teve que adotar medidas sanitárias rígidas dentro da própria casa.
“Eu pedia para ele não circular na casa, deixar a porta aberta, a janela, e quando saísse do quarto, que ele saísse de máscara para não ter o risco de contaminar a gente. E nós também ficamos de máscara esse tempo todo, tudo o que a gente fazia, lavava, passava álcool. Ele também, onde tocava ele limpava, passava álcool, ele comia sozinho e deu certo. Não nos contaminamos”.
Bismarck começou a sentir os primeiros sintomas da doença na terça-feira (11). No trabalho, fez o teste que deu positivo e aí foi para casa, onde foi montado todo um esquema para que ele pudesse se cuidar da doença sem oferecer risco de contaminação para a esposa e o filho.
SAIBA MAIS:
“Começou com uma dor de garganta. E aí no trabalho ele fez o teste e deu positivo. A partir daí nós o isolamos. Ele ficou no quarto do meu filho e eu fiquei dormindo com meu filho no nosso quarto”, contou.
“Ele ficou três dias muito ruim. Muita febre, dor no corpo, indisposição. E eu fiquei pensando que se ele não estivesse vacinado, poderia ser muito pior”.
Tudo na casa era bem rígido, desde a limpeza dos objetos usados pelo industriário, como a sua circulação. Segundo Mayara, as medidas eram necessárias para que ela pudesse cuidar do filho, que ainda não foi vacinado e nunca pegou a doença.
“Eu precisei me resguardar para cuidar dele e cuidar do meu filho. Se eu pegasse e ficasse mal, eu não sabia como iria ficar, como reagiria, e estava preocupada em quem iria cuidar do meu filho. A gente nunca sabe como vai ser, ainda mais que ele não está vacinado”.
A dentista acredita que as medidas de segurança foram as responsáveis por manter ela e o filho saudáveis, sem se contaminar com a doença.
“A nossa preocupação era não contaminar mais pessoas. O que eu notei é que se você usar a máscara 24h por dia não tem como se contaminar. A máscara é primordial”
A dentista contou que uma funcionária do consultório já havia pegado Covid anteriormente. “Mas como aqui não deixo ninguém ficar sem máscara, mesmo nós todos juntos, ela não passou para ninguém. Isso mostra que os cuidados dão certo”.