Preço do material escolar deve aumentar 30% neste ano; pais dão dicas de como economizar

Material escolar. — Foto: Edmilson Tanaka/Divulgação

O preço do material escolar deve aumentar em até 30% em 2022, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE).

De acordo com a Associação, os preços de itens como cadernos, lápis e livros devem acompanhar a inflação e a alta do dólar.

Com a notícia, pais amazonenses estão buscando alternativas para driblar o aumento de custos e até economizar.

É o caso da corretora Ellen Desidério Matos, mãe de Maria Eduarda, de oito anos. A filha dela vai cursar o 3º ano do ensino fundamental no Colégio da Polícia Militar.

Ellen conta que buscou diversas alternativas como entrar em grupos de bazar com outros pais e pesquisar materiais de segunda mão em lojas de vendas online.

Quem também está tentando economizar na hora de comprar o material escolar dos filhos é a jornalista Flávia Ximenes, que é mãe do Arthur, de 8 anos, e da Isabella, de 6 anos.

Ximenes diz que reaproveita material dos filhos, revisa a lista de material escolar solicitada pela escola e não leva as crianças na hora de comprar os artigos escolares.

Em entrevista ao g1, as duas citaram as melhores estratégias adotadas por elas na hora de comprar material.

Confira as dicas:

Tente reaproveitar materiais do ano anterior

Segundo Flávia, antes de comprar material escolar é preciso fazer um levantamento do que foi utilizado no ano anterior e pode ser reaproveitado no ano letivo vigente.

Cadernos, lápis de cor, apontadores e borrachas. Tudo o que ainda está em bom estado pode ser usado novamente.

“No caso dos meus filhos que têm idades próximas, por vezes um material que um utilizou em um ano o outro utiliza no ano seguinte. Nesse ano tem dois jogos pedagógicos que eram do meu filho e minha filha é quem vai usar”, disse Flávia.

Compre produtos de segunda mão

Para comprar mais barato, Ellen resolveu entrar em um grupo nas redes sociais com pais de outros alunos da mesma instituição em que sua filha estuda.

Ela conta que já chegou a economizar quase 70% em itens como fardamento e livros.

“Sempre que vou nas reuniões de pais sempre procuro criar grupos ou verifico se já existe grupo pra me adicionarem. Hoje temos nossos próprios grupos da escola e fazemos bazar todo ano, não só pra vender mais também pra doações naqueles casos em que a família não tem condições de comprar”, disse Desidério.

Confira o que pode ser solicitado pela escola

Flávia também faz um levantamento do que pode ou não ser pedido pelas escolas. No Amazonas, um decreto estadual estabelece uma lista dos materiais que não podem ser solicitados sem justificativa pelas escolas. Veja a lista aqui.

“Como meus filhos frequentam escola há 6, 5 anos já conheço bem e compro somente o que é devido. É importante estar alerta e conhecer essas informações”, disse Flávia.

Ellen também complementa a ideia de Flávia, de comprar somente o necessário. “Além de comprar só os principais, verifico se realmente vão ser necessários pela experiência dos outros anos e também não entrego tudo, vou mandando conforme o uso”, disse.

Não leve crianças na compra dos itens

Uma dica importante para quem quer evitar decepcionar as crianças na hora da compra é evitar levá-las para as lojas. Ximenes conta que, para os filhos, a beleza do material chama mais atenção do que o custo-benefício.

“Também não levo as crianças pra compra do material porque, em geral, eles são influenciados pelo que aparentemente é mais bonito, colorido ou que tem personagens que gostam, mas muitas vezes o custo-benefício não é bom”, enfatizou.

Tanto Flávia quanto Ellen preferem customizar os materiais após a compra. “Nos cadernos eu geralmente coloco uma nova capa, decoro garrafa, livros e outros”, explicou Ellen.

Faça uma reserva financeira

Separar um valor específico no ano anterior para comprar o material em janeiro também é importante para quem quer economizar.

Flávia conta que todos os anos faz uma reserva financeira destinada ao material escolar. “O segredo nesses casos é fazer uma reserva financeira, são gastos que dá pra planejar, afinal não são novidade, são gastos certos para todo ano letivo”, disse.

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