Grupo faz performance de dança com sucessos regionais do Amazonas e vídeo viraliza

Entre os sucessos estão canções de Zezinho Corrêa, de Chico da Silva, dos Bois Garantido e Caprichoso, Anne Jezini, Berg Guerra, Beatriz Procópio e Lorena Simpson. Todos em versões remixadas, que dialogam com os passos dos bailarinos.

De acordo com o diretor do vídeo e coreógrafo Gandhi Tabosa, a produção também é uma forma de chamar atenção sobre a cultura e produção de artistas locais.

“Eu queria mostrar Manaus, a nossa cultura, de uma forma que a galera não estivesse acostumada, sair do óbvio. Pensamos numa estética que conseguisse transitar bem entre tudo isso, principalmente conversar com as danças urbanas”, disse.

A qualidade das imagens e produção técnica do material também agradou os internautas, que aprovaram o resultado do trabalho. Gandhi diz que se sente orgulhoso da boa recepção por conta do público.

“Eu estou em êxtase. Eu esperava que ia ser uma produção incrível por conta do trabalho que tivemos e a gente sabia da qualidade que ia ficar. Está sendo chocante o que o vídeo alcançou. Estou vendo gente se sentindo representada, orgulhosa de ser amazonense”, disse.

De acordo com o diretor, o material foi feito a várias mãos, com produção de Klindson Cruz, fotografia de Ramon Ítalo, coreografia dos artistas Victor Venâncio e Lelê, mixagem de Viktor Judah, imagens de Tadeu Rocha e Adriel Aleme, e assistência de Dan Stump.

Da Feira da Panair ao Teatro Amazonas, os locais de filmagens mostram as diferentes caras de Manaus.” Os cenários geram essa conversa entre o verde e o concreto, os contrastes de Manaus”, concluiu.

A valorização do cenário cultural local foi um dos fatores que motivou a produção do vídeo. Gandhi conta que costuma ouvir perguntas sobre a região quando viaja para competições nacionais com os alunos e sentiu a necessidade de compartilhar sua vivência sobre o assunto.

“O ‘Olhe para o Norte’ veio exatamente nesse lugar do quanto a gente precisa valorizar nossos artistas locais. Do quanto as pessoas valorizam as coisas de fora e não olham para o que a gente tem aqui”, enfatizou.