Alimentos ficaram mais caros em 2021 no Amazonas
Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que itens do tradicional “prato feito” e o cafezinho brasileiro ficaram mais caros em 2021. A pesquisa foi divulgado neste mês de janeiro.
Os preços que mais subiram no ano passado foram:
- café: +50,2%;
- açúcar: +47,8%;
- frango: +29,8%;
- tomate: +18,60%;
- ovo: +13,24%;
- contrafilé: +11,83%.
Quando chega no caixa, o valor total é sempre um susto. O aposentado Paulo Alberto Martins já enfrenta as consequências.
“Sempre vai diminuindo na residência da gente as coisas que a gente vai comprar. Antes a gente comprava uma quantidade, agora a gente reduz algumas coisas porque o negócio está ficando cada vez mais difícil”, disse.
O supervisor de disseminação de informações do IBGE, Adjalma Nogueira, informou que o índice inflacionário de 2021 foi o maior desde 2015.
No Amazonas, o cálculo inflação acompanha o nacional, e, segundo Adjalma, impacta principalmente aquelas pessoas que não possuem rendimento fixo, vivendo de ganhos esporádicos.
Em 2020, um dos vilões da inflação foi o óleo de soja. O preço chegou a dobrar (+103%) naquele ano, em relação a 2019. No ano passado, no entanto, o produto teve uma alta bem menor, de 4,16%, mas ainda assim continua caro para o consumidor.
Por outro lado, os preços do arroz e do feijão recuaram. Depois de uma alta de 76% em 2020, o arroz ficou 16,88% mais barato em 2021. O feijão teve uma queda de 8,12%.
“Eu, no caso, tive que me adaptar, mudei minha alimentação, eu comprei uma panela elétrica que aí já economiza no óleo a fritura”, relatou a empresária Suellen Rodrigues.
Para a empresária, a saída é abrir mão de certos itens. “Mesmo pegando só o essencial, ainda falta algumas coisinhas. A gente acaba olhando, mas olha pra carteira e não dá, não cabe no orçamento”, lamentou.